Como foi? (Parte que completa o título)

Vocês se lembram como foi o dia que decidiram que não sairiam mais ou simplesmente foram levando o isolamento até perceberem que estavam presos? Qual o fato determinante(a última gota) para se isolarem?

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Olá Black, para mim foi uma mescla de alguns fatores. (desculpe pelo texto)

  • Baixa autoestima
  • Nova escola (Ensino Médio)
  • Família
  • Espectativa

Eu comecei na escola muito cedo (tanto que terminei o Ensino Médio com apenas 16 anos). Já no final do Ensino Fundamental 2 (6º ao 9º ano), eu comecei a desenvolver uma baixa autoestima com os meus colegas de classes devido a questões como Bully e minha imaturidade devido a ser em média 2 anos mais jovem que os outros alunos. Mas até aqui ainda não havia grandes problemas. Eu ainda tinha vários amigos fora da escola e praticava esportes como Futebol, inclusive eu era muito bom nisso, desde pequeno meu nicho de amizades era formado com base em esportes de competição.

Por questões financeiras eu tive que mudar para uma escola integral (Manhã e Tarde) no Ensino Médio, onde não conhecia ninguém. Com isso eu não tinha mais tempo de encontrar meus amigos a tarde. Nessa época eu já estava com uma autoestima baixa e isso fez com que eu me isolasse nos primeiros dias de aula. Eu percebia que durante os intervalos algumas pessoas dormiam, então para eu não parecer um estranho eu fingia dormir até que a aula voltasse, e como era uma escola pública integral, havia muitas aulas vagas onde eu novamente me fingia esta dormindo (isso futuramente me trouxe grandes problemas de insonia). Minhas tentativas de não parecer estanho não funcionaram muito bem, porque comecei a sofrer com o Bully novamente e isso foi me deixando cada vez pior.

Nessa mesma época minha família foi se desestruturando por completo. O Casamento de meus pais atualmente é completamente toxico e apenas existe no documento. Eles brigavam quase que todos os dias nessa época e eles me envolviam nessas brigas. Como rota de fuga para tudo isso eu comecei a jogar para escapar da realidade. Isso acabou que foi me distanciando incontinentemente de todos os meus amigos.

  • Eu jogava de madrugada
  • Dormia no período da manhã na escola (para não ficar sofrendo bully por 2 períodos inteiros)
  • Estudava a tarde na escola
  • Jogava a noite

Quanto mais tempo passava, mas eu me incomodava quando me encontrava com meus amigos. Desenvolvi Fobia Social e sempre que saia de casa sentia como se houvesse uma multidão me olhando e me julgado, desde minha aparência a minha forma de andar. Futuramente juntamente a uma psicóloga descobrir que minha fobia social era relacionada a questões de desempenho pessoal. Percebi que minha mãe sempre me comparava com outras pessoas.

“Porque você não pode ser como (X) pessoa em (Y) aspecto?”

Porque eu tenho que ser como outra pessoa? Eu sou imperfeito? Eu sou defeituoso? é minha culpa por não conseguir fazer o mesmo que essa pessoa?

Outro detalhe que só percebi recentemente e que me assustou profundamente foi que minha mãe NUNCA me elogiou uma unica vez na Vida, essa é simplesmente uma memória que não consigo encontrar não importa o quanto eu a procure. Mas mesmo assim eu amo essa pessoa. Inclusive os dias das mãe foi ontem, curioso não?.

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No meu caso acho que tenho alguma doença mental mesmo (tirando depressão e ansiedade) sempre fui uma pessoa diferente das outras.

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Não tem mt haver com o título do tópico. Mas so queria falar com alguém (pra variar rsrs); Ontem a veterinária do meu gato veio e contou a história da vida dela rsrsr e como os episódios trágicos na vida profissional dela afetaram mt a vida pessoal dela e como ela entrou em depressão e tendências suicidas, mas o amor pelos animais e o lado espiritual dela deu a turbinada pra ela voltar a conquistar as coisas e hj td ta entrando nos eixos. Eu me identifico pq acredito mt em espiritualidade também em vários níveis, não só em Deus. Tenho mt apego a energia das coisas e meus filhos felinos são a única luz na escuridão da minha vida. Mas ela falou sobre a família dela renegar ela e tals e ela escolheu se afastar. Só que ela disse uma coisa que me deixou mal, pq a diferença dela pra mim, é de ser uma pessoa solar, comunicativa e conseguir se abrir assim pra qualquer estranho, eu não, com tds meus traumas e sofrimentos, apesar de muitas vezes ouvir reclamações dos parentes por estar estampado na minha cara o desprezo pela vida , eu não demonstro pra estranhos, sempre tem um sorriso amarelo pra esconder, como sendo a minha tristeza um grande tabu proibido que ninguém pode saber, pq eu já sinto dificuldade enormes quando tenho que socializar por ai mesmo com essa máscara, imagina sem. Mas voltando, ela disse que vc é a única pessoa que pode definir as coisas na vida, que pode mudar as estruturas a sua volta, e até se afastar da família. E eu me senti como se eu quisesse estar nessa situação, como se eu estivesse aceitando, e não é assim. Eu tentei, procurei ajuda, mas ninguém me ouviu, aqueles com que eu mais contava foram os que me mais machucaram, achei que ia dar certo novamente mas trauma após trauma, a situação só piorou até que me encontrei no total isolamento, da onde parece impossível sair. Entende, as minhas energias esgotaram, estou exausta, busquei dentro de mim da onde podia encontrar, motores pra continuar tentando. Mas parece que o universo sempre encontra um jeito de cortar as minhas “asinhas”. Não tenho apoio algum, a atmosfera do lar é insuportável. Mas para onde eu vou? Eu já me mudei de um lar tóxico pra cair em outro, agora não tem mais lugar pra mim, como posso eu sozinha com tantos temores, uma mente e alma desequilibrados encontrar uma saida. Eu que me sinto tão pequena, e a culpa disso tudo é minha? Sim eu já me culpo, por ser um imã gigantesco de catástrofes. Mas quando vc ouve de alguém mesmo que indiretamente, doi mais ainda…

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Acho que minha energia é negativa então kkk, olho toda minha vida e percebo como todas as relações foram superficiais, como nunca me importei com nada, como sempre respondi à ataques contra mim com violência ou com apatia. A cada dia que passa percebo que nada me faz querer continuar, se quem tivesse doenças mentais graves pudessem optar entre a vida ou a morte o mundo teria bem menos problemas.

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Eu já estava com a autoestima muito abalada pq abandonei um emprego (e ñ tinha sido a primeira vez) com apenas uma semana trabalhada, devido a problemas de socialização, ñ consegui me enturmar e me comparei com outro cara q entrou junto comigo e já estava mais desenvolto no ambiente, aí fiquei muito angustiado achando q ñ conseguiria desenvolver minha função e acabei abandonando, isso foi em 2014, juntando essa com as outras vezes q eu tbm ñ consegui ficar no trabalho me veio um desanimo muito forte q eu aos poucos fui deixando de sair, fui algumas vezes assistir futebol, outras vezes fui a igreja com meus pais, quando algm me chamava aqui em casa eu ia atender e assim foi até 2019. Em 2019 eu precisei ir no oftalmologista para trocar os óculos e eu já com mais de 30 anos ñ consegui ir sozinho (alias até hj ñ sei ir a um médico, resolver pequenos problemas sozinho) tive q ir com minha mãe, ela sempre me acompanhou nessas questões mas naquele dia me deu um estalo q eu pensei: “Caraca os meus amigos de infância vários menores do q eu estão levando seus filhos ao médico, enquanto eu com mais de 30 ainda preciso q minha mãe me acompanhe” Nesse momento sabendo q dificilmente as coisas mudariam q eu ñ ia passar ser mais confiante, conquistar emprego, namoro e tal, decidi q ñ sairia mais de casa pq ñ teria coragem de olhar na cara das pessoas aqui do bairro de tanta vergonha por causa da minha situação. Desde 2019 para cá só sai para tomar a vacina de covid, nesse meio tempo minha mãe faleceu e eu ñ fui ao sepultamento dela, nem isso me fez sair de casa. Eu estou convicto, só saio de casa por questão de saúde, se ñ estiver aguentando mais, fora isso continuarei se escondendo do mundo lá fora.

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Sinto muito pela perda da sua mãe, tenho muito medo de perder a minha, acho que é a única pessoa que gosta de mim incondicionalmente.Te desejo força.

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