Que mal fiz, se não para mim. E por quê?
Teclas, tela e uma mente atormentada. É tudo o que eu tenho.
Sinceramente, não tenho a mínima ideia do que fazer.
Do que querer antes da morte. Às vezes só pensar me basta.
Deus me abandonou em um mundo frio.
O trai, por não suportar. Me arrependi por não ter ao que me apegar.
Não sei defini-lo, mas ele está por aí. Vendo sua criação se autodestruir.
No fim realmente estamos sós.
Devemos criar coragem e cultivar “amor”, é o que dizem.
A única coragem que tenho é de continuar vivendo.
O único amor que já senti, era uma mentira.
Compaixão por quem fingi me amar e remorso por não conseguir fingir o mesmo.
Nunca o amor fora tão confundido com outras coisas.
Romantizar a vida é insensatez.
Olho para dentro, para fora, não vejo nada.
Apenas espíritos inquietos que anseiam algo que sequer sabem o que é.
A paz da morte em vida.
O esforço poderá ser em vão. Mas viver em prol da transcendência é o que me resta.
Esperança de voltar a enxergar o mundo sem maldade ou preocupações.